A Coordenadoria de Diversidade Sexual e Enfrentamento da Violência de Gênero (CDGEN) participou da reunião com a Relatora Especial das Nações Unidas sobre formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata, Sra. Ashwini K.P., realizada ontem, 12 de agosto, em Florianópolis. O encontro reuniu entidades da sociedade civil para discutir os desafios e avanços na luta contra o racismo no Brasil relacionados aos diferentes contextos, tais como: gênero, povos indígenas, população LGBTI+, migrantes e refugiados, população negra, direitos humanos e religião.
A coordenadora da CDGEN, Dra. Carolina Seidel, ressaltou que a participação do setor esteve centrada nas estratégias de abordagem interseccional das relações de gênero, raça e sexualidade. Em uma breve declaração, ela destacou: “Temos um grande desafio para o enfrentamento e superação dos processos de vulnerabilização que perpassam, cada vez mais, pela vida das pessoas que atendemos diariamente e influenciam diretamente na saúde e no desenvolvimento tanto de profissionais quanto de estudantes”.
Na ocasião, a assistente social Elisani Bastos, que também é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS/UFSC), contextualizou a atuação da CDGEN na universidade, destacando as especificidades de gênero que merecem atenção e os esforços da universidade na Campanha UFSC Contra o Assédio Sexual e o processo de construção e implementação da Política Institucional de Equidade de Gênero. De acordo com Elisani: “As universidades têm potencial para liderar mudanças sociais, atuando com pesquisas, ensino e extensão e promovendo ações que vão além da formação acadêmica e profissional, como, por exemplo: contribuindo para o desenvolvimento do senso crítico e ou subsidiando a formulação de políticas públicas”.
Além disso, com base na realidade do cotidiano profissional, a CDGEN organizou um documento para compartilhar com a Relatora as principais demandas identificadas nos atendimentos realizados pela equipe multiprofissional. Esse documento foi elaborado com o intuito de contribuir com o relatório que será elaborado com recomendações ao Estado brasileiro abordando, entre outras coisas, as violências de gênero, o feminicídio, o assédio e a violência sexual, bem como as condições de maternidade solo, e o trabalho doméstico e de cuidado não remunerado.
Também estavam presentes a Pró-Reitora de Ações Afirmativas e Equidade, Leslie Chaves, e a Professora Karine de Souza Silva, Vice-Coordenadora da Cátedra Antonieta de Barros, que entregaram à Relatora Especial uma cópia da Política de Enfrentamento ao Racismo da UFSC e enfatizaram sobre a importância da educação na promoção da equidade racial e de gênero.
A Relatora informou que ainda estão previstas visitas a outras cidades do país e que no próximo dia 16 de agosto, será realizada uma coletiva de imprensa na qual vai compartilhar suas observações preliminares. Posteriormente, as conclusões e recomendações serão apresentadas em um relatório junto ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em junho de 2025. As pessoas interessadas podem obter mais informações nas páginas oficiais das Nações Unidas.
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